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sábado, 28 de fevereiro de 2009

Älplermakronen ou Älplermagronen

"Marcarrão dos Agricultores Alpinos": é um prato tradicional suíço que consiste de macarrão, batatas, queijo, cebola, manteiga e natas.


Receita (para 4 pessoas)

  • 75 gramas de macarrão por pessoa
  • 1 batata grande por pessoa
  • 2 cebolas grandes
  • 2 colheres de sopa de manteiga/margarina
  • 2,5 dl de natas
  • 300 gramas queijo duro ralado (queijo "velho" e picante).
  • Puré de maçã para acompanhar
Corte as batatas em cubos pequenos e deite-as em água (com sal) a ferver por alguns minutos. Em seguida, adicione o macarrão. Deixe cozer até ambos estarem al dente. Corte as cebolas às rodelas e refogue-as com a manteiga. Num recipiente de ir ao forno, ponha as batatas e o macarrão em camadas alternadas com camadas de queijo ralado. Por fim, junte as cebolas e cubra tudo com as natas.
Vai ao forno até que o queijo derreta e que as natas se misturem com a massa e as batatas. Não se deve deixar gratinar. Servir quente e com o puré maçã.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Um pouco de história Suíça no feminino

1886 - Houve uma Petição pelo direito ao voto por parte das mulheres suíças em Zurique que ficou em "águas-de-bacalhau".

1893 - A Associação de Mulheres Trabalhadoras Suíças exige o direito ao voto, mas mais uma vez não tiveram resultado.

1904 - O Partido Social-Democrata da Suíça integra ma sua plataforma, o direito ao voto por parte das mulheres.

1909 - Várias associações regionais formam a Associação Suíça para o direito ao voto por parte das mulheres e que invoca todos os aspectos da igualdade de direitos para as mulheres.

1918 - Após a I Guerra Mundial, é feita uma greve geral na qual uma das principais reivindicações é o direito ao voto por parte das mulheres.

1919 - O Parlamento Suíço decide aceitar o direito ao voto das mulheres. No entanto, nada é feito até uns anos (largos) mais tarde.

1919-1921 - São feito vários referendos cantonais nos quais o direito ao voto por parte das mulheres é rejeitado. (cantões de Genebra, Neuchâtel, Basel, Zurique, Glarus e St. Gallen).

1920-1929 - Uma parte das mulheres suíças decide criar uma Associação Conservadora das Mulheres que defende a divisão do trabalho entre homens e mulheres. Segundo esta: "As mulheres devem tomar conta do lar".

1929 - É feita uma nova petição para o direito ao voto das mulheres por parte do Partido Social Democrata e de várias associações de trabalhadoras suíças que infelizmente não dá em nada.

1929-1939 - Com a crise económica mundial, as mulheres tornam-se na sua maioria "donas de casa".

1939-1945 - na Segunda Guerra Mundial, a maioria da população masculina é necessária no exército (durante vários meses/ano), o que deixa as mulheres no leme da economia suíça.

1951 - É feito um referendo relativo ao voto das mulheres para o governo federal que é rejeitado em todos os cantões.

1957 - o governo da Suíça teme um ataque comunista e prepara-se para a possibilidade de ataques aéreos. Bunkers pessoais e comunitários começam a aparecer como cogumelos. As mulheres têm então como serviço obrigatório o de serem "guardiãs anti-aérias". As associações de mulheres começaram novamente a protestar e a exigir o direito ao voto, o que leva o governo finalmente a dar-lhes ouvidos.

1959 - A maioria dos homens suíços vota novamente em desfavor do direito ao voto das mulheres num referendo nacional.

1971 - Finalmente, em fevereiro 1971, as mulheres adquirem o direito ao voto federal

1984 - É eleita a primeira mulher para o governo suíço.

2004 - É feito um Referendo sobre uma lei que visa introduzir uma licença de maternidade paga. Até 2004 as mulheres tinham direito a uma licença de maternidade (desde 1945) não remunerada. A remuneração da licença de maternidade ficava a cargo da consciência de cada patrão. Quem queria pagava e quem não queria não pagava e nada havia a fazer.


E hoje? Ainda existem disparidades salariais entre homens e mulheres. Para o mesmo tipo de trabalho e tendo as mesmas qualificações profissionais uma mulher é sempre contratado por um salário inferior. E ainda existe uma forte mentalidade conservadora numa boa parte de população feminina.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O Sistema Escolar

Do Sistema Escolar suíço fazem parte:

- a Pré-Escola/Jardim de Infância (não obrigatório): normalmente frequentada a partir dos 4 aos 6 anos. A partir dos 4 anos a Pré-Escola é pública e as crianças frequentam o Jardim de Infância que se situa mais perto de casa. Para idades inferiores a 4 anos os pais das crianças têm de recorrer ou a jardins de infância privados, e/ou a amas, e/ou a playgroups. No entanto, existem alguns cantões que disponibilizam jardins de infância para bebés e crianças até aos 4 anos para famílias em que o rendimento familiar é baixo e se torna vital que os dois pais trabalhem ou para famílias de mães/pais solteiros.


- O Ensino Obrigatório: O Ensino Obrigatório engloba 9 anos de Escola Primária+Escola Secundária e é de graça. Aqui também, as crianças frequentam as escolas que se situam mais perto de casa. O Ano escolar começa sempre (dependendo dos cantões) entre meio de Agosto/meio de Setembro. As escolas organizam também periódicamente check-ups médicos aos alunos.


. A Escola Primária: As crianças frequentam a Escola Primária a partir dos 6 anos. Existe e é esperada uma grande participação por parte dos pais na vida escolar das crianças. Em alguns cantões as escolas têm programas de actividades extracurriculares fora de aulas para as crianças cujos pais trabalham nas horas em que elas não têm aulas.


. O Ensino Secundário: que dura 3 anos. Durante este período os alunos têm à disposição pessoas da Associação Suíça de orientação profissional para os ajudarem a decidir qual o rumo que querem seguir.

- Depois dos 9 anos de ensino obrigatório, os adolescentes passam para a segunda parte do Ensino Secundário. Este nível é dividido em dois ramos e tem uma duração de 2 a 4 anos.

. o de Educação Geral: para os estudantes das escolas de Matura (que mais tarde pretendem seguir um curso universitário).

. o de Educação Vocacional: para os estudantes que seguem uma via profissional.


Para mais informações/dúvidas:

http://www.educa.ch
http://www.aupair.ch
http://www.svb-asosp.ch
http://www.pro-juventute.ch/
http://www.schule-elternhaus.ch
http://www.profamilia.ch

--edit--04/03/2009

Em termos de gastos ... o ensino obrigatório é de graça e os alunos estudam com livros fornecidos pelas escolas. Os Jardins de Infância privados são normalmente bastante caros e rondam mensalidades de 1500 chf para além de filas-de-espera enormes. Os jardins de infância públicos são muito escassos e as filas de espera ainda são maiores. Quanto aos cursos Universitários, estes tb são pagos e na grande maioria das vezes são os próprios estudantes e não os pais que os pagam. Os miúdos aqui são educados de forma a serem bastante independentes e é comum arranjarem um emprego em part-time para poderem (ou poderem ajudar a) pagar os estudos.

Quanto a actividades extra-curriculares como por exemplo aulas de música/dança/artes marciais/etc. os preços variam e podem ir desdes os 30 chf/hora até aos 80 chf/hora.

As escolas tentam ensinar os miúdos um pouco de auto-suficiência. Existe ainda, uma vez por ano, o dia "da menina estudante". É o dia em que as meninas acompanham os pais até aos respectivos trabalhos para verem como é o seu dia-a-dia. Por uma questão de cultura, a sociedade suíça ainda hoje é muito conservadora e patriarcal no que diz respeito ao papel das mulheres. Uma grande parte das mulheres estudam e escolhem profissões mais "tipicas de mulheres" e se calham de casar e ter filhos optam na grande maioria dos casos por parar de exercer a profissão. Daí o dia da "menina estudante". Foi uma iniciativa do governo/escolas para incentivar as jovens estudantes a alargar o seu leque de opções. Veêm-se muito poucas mulheres em cursos superiores e destes ainda são mais raras as que frequentam cursos de áreas tecnológicas e/ou científicas.


Há ainda outra coisa que é prática comum por cá. Existem 3 tipos de escolas:

. As escolas para os alunos que são muito bons/acima da média e cujas notas estão sempre no nível máximo. Estas escolas aproveitam que os alunos são bons e puxam mais por eles. Ou seja, ensinam-lhes o programa oficial e todos os extras que conseguem.

. As escolas para os alunos mëdios. Ou seja, para aqueles que "vão passando a tudo" e que até não são maus alunos, mas que também não são excepcionais. A estes alunos é ensinado o todo programa oficial, mas sem extras.

. As escolas para os maus alunos que por uma razão ou por outra não conseguem ter notas suficientes para "ir passando a tudo". Há por exemplo quem não tenha interesse em estudar para além do ensino obrigatório. Por outro lado também há quem tenha extremos problemas de comportamento (sim, há alunos que são transferidos para estas escolas pq estão a prejudicar a(s) classe(s) onde préviamente se encontravam). Estas escolas ensinam também os programas oficiais, mas de uma foram bastante simplificados.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pois é ... the grass is greener on the other side ... -_-

Há quem venha para cá e fique imediatamente deslumbrado com tudo. Acho que é um pouco inevitável quando se vem de uma cultura ou país pobre/corrupto/pouco desenvolvido/etc (como é o caso do meu). Tudo é sempre "tão melhor" ou mesmo "ideal" ou mesmo "paradisíaco" ... até que se começa a ver o outro lado da moeda.

Para quem pensa que por cá tudo são rosas, nada como uma vista de olhos a

Blick News

ou a Swissinfo News

Infelizmente, há de tudo em todo o lado. "tão melhor" sim; "ideal" e "paradisíaco" ... not really. -_-