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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Os Portugueses e o Desemprego na Suíça

tirado do swissinfo:


O desemprego na Suíça aumentou de 2,7% para 3% em dezembro passado. É a taxa mais alta dos últimos dois anos, mas ainda uma das mais baixas da Europa.

Os trabalhadores estrangeiros são mais atingidos do que os suíços. Entre os imigrantes portugueses, a taxa de desemprego quase dobrou de 3,7% para 7% no último trimestre de 2008.

Em entrevista à swissinfo, a portuguesa Margarida Pereira, secretária sindical para a área de migração do Sindicato Unia, aponta os contratos temporários de trabalho e a falta de formação como principais causas do desemprego entre os imigrantes lusos e acusa a direita nacionalista de fazer uma campanha discriminatória contra trabalhadores estrangeiros.

swissinfo: Como se explica o aumento do desemprego entre os portugueses na Suíça?

Margarida Pereira: Este fenômeno não é novo. A questão é que, em tempo de prosperidade econômica, as estatísticas do desemprego nos meses de inverno não são analisadas ao pormenor por determinadas forças políticas e por alguns media.

Antes da entrada em vigor dos acordos bilaterais Suíça-União Europeia, o número de trabalhadores sazonais estrangeiros desempregados não constava nas estatísticas, pois estes eram obrigados a regressar ao país de origem até receberem contrato para a nova temporada de trabalho. Ao abrigo dos acordos bilaterais, hoje um trabalhador, depois de ter pago contribuições sociais durante 12 meses, poderá ter acesso ao subsídio de desemprego na Suíça. O que é nada mais do que justo.
Quais são as categorias mais atingidas?

Um elevado número de portugueses na Suíça continua a ter contratos de trabalho por tempo determinado – de 8 a 10 meses, de março a outubro ou novembro, por exemplo. O trabalho sazonal continua a existir em sectores como a construção, a jardinagem, a agricultura e a hotelaria.

Por outro lado, o número de trabalhadores temporários (construção, alguns ramo da indústria etc) também tem aumentado bastante nos últimos anos. A grande maioria dos temporários é estrangeira, entre eles muitos portugueses. Em tempo de crise, são trabalhadores com contratos de trabalho mais precários, como contratos a tempo parcial, por tempo determinado, por chamada etc., os primeiros a serem afectados pelo desemprego.

swissinfo: A falta de formação e integração dos imigrantes, apontada em relatórios oficiais, agrava o problema?

Margarida Pereira:O problema situa-se mais ao nível do desenvolvimento do mercado de trabalho e das novas formas de emprego. Os postos de trabalho tornam-se cada vez mais precários. Contratos temporários ou por chamada permitem despedimentos mais facilitados e não garantem a certeza de trabalho. Tanto em situação de prosperidade como em situação de crise são trabalhadores mais vulneráveis, muitos deles estrangeiros (incluindo portugueses), os afectados. As empresas deveriam também desenvolver modelos, de modo a evitar os despedimentos.

Também não posso deixar de referir que trabalhadores menos qualificados são dos primeiros a serem afectados pelo desemprego. E, infelizmente, os trabalhadores portugueses estão entre os menos qualificados. Mas aqui temos que chamar o patronato à responsabilidade que deve oferecer aos seus empregados todas as condições e criar oportunidades para que estes tenham oportunidade de fazer formação profissional.

Quanto à integração, os trabalhadores portugueses têm uma muito boa reputação no mercado de trabalho. Há empresas que preferem trabalhadores de nacionalidade portuguesa, por serem aplicados, responsáveis, de fácil trato e que muito bem se adaptam a novas realidades. A integração não pode ser só medida pelo grau de conhecimento da língua local.

swissinfo:Há desempregados voltando para Portugal ou eles preferem ficar aqui com o seguro desemprego?

Margarida Pereira:Alguns voltam, outros ficam. Como já mencionei, um trabalhador depois de ter efectuado descontos durante 12 meses poderá ter acesso ao subsídio de desemprego na Suíça. Já que se é aqui que trabalha e aqui que faz os seus descontos e paga os seus impostos, é aqui que também deve receber o apoio necessário antes de obter novo contrato de trabalho.


swissinfo:As estatísticas do desemprego dão razão à direita nacionalista suíça (UDC), que faz campanha contra a livre circulação de trabalhadores europeus no país, alegando que muitos deles ficam facilmente desempregados e sobrecarregam o sistema de previdência social?

Margarida Pereira:É óbvio que não. A campanha da UDC é uma campanha racista, discriminatória, e alarmista, que pretende provocar o medo nas pessoas e apresentar o estrangeiro como bode expiatório.

A livre circulação de pessoas e de trabalhadores só tem trazido vantagens à Suíça e aos suíços – grande desenvolvimento em muitos sectores, prosperidade econômica, investimento estrangeiro, criação de empregos, redução de desemprego entre os suíços. Em 2004, o número de desempregados de nacionalidade suíça era mais elevado que o de estrangeiros, ao contrário de hoje.

Há muitos setores econômicos na Suíça que não sobreviveriam sem mão-de-obra estrangeira. O volume de trabalho executado por estrangeiros em alguns setores comprova isso: na hotelaria e restauração – 53%, trabalho doméstico – 40%, construção – 37%, saúde – 27% e assim por diante.

swissinfo, Geraldo Hoffmann


quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Alfândega: Bebidas e Alimentos para consumo próprio

Alimentos e bebidas para consumo próprio no dia de viagem (alimentos prontos para comer e bebidas não alcoólicas), regra geral passam na Alfândega isentos de impostos e/ou taxas aduaneiras (uma vez por dia/pessoa).

Bebidas alcoólicas e tabaco também estão isentos de impostos/taxas se a sua quantidade não ultrapassar os:

(por pessoa e por dia)
. 2L para bebidas que tenham uma taxa de alcoól até 15%
. 1L para bebidas que tenham uma taxa de alcoól acima de 15%
. 200 cigarros ou 50 charutos ou 250 g de tabaco para mascar/cachimbo/rapé ou 200 peças de papel de cigarro

Cada pessoa pode transportar por dia alimentos/mecardorias para consumo/uso próprio num valo total de 300 chf. Se o valor total fôr superior a 300 chf então os impostos/taxas são aplicados a todas as mercadorias.


Alguns alimentos (de natureza mais sensível) para consumo próprio podem passar isentos de impostos/taxas na Alfândega, mas estão sujeitos a algumas restrições de quantidade. São elas:


- manteigas, margarinas, natas de leite: 1 L/kg (pagam 16chf por cada L/Kg em excesso)

- leite: 5L (pagam 3chf por cada L em excesso)

- ovos: 2.5 kg (pagam 3.7chf por cada L/Kg em excesso)

- vegetais provenientes da União Europeia: 20kg/tipo de vegetal (pagam 3.70chf por cada Kg em excesso)


- frutas, excepto citrinos: 20kg/tipo de fruta (pagam 3.50chf por cada Kg em excesso)


- carne fresca/congelada de vaca/vitela/porco/cordeiro/cabrito/cavalo proveniente da União Europeia: 0.5kg (pagam 20chf por cada Kg em excesso)

- carne salgada/seca/fumada de vaca/vitela/porco/cordeiro/cabrito/cavalo em conjunto com carne de aves (fersca/congelada/salgada/seca/fumada) e salsichas/enchidos e carne enlatada/comida enlatada e qualquer tipo de comida que inclua carne : 3.5kg (pagam 13chf por cada Kg em excesso)


- cereais e derivados: 20kg/tipo de cereal (pagam 1.5chf por cada Kg em excesso)


- batatas e derivados: 2.5kg (pagam 7.5chf por cada Kg em excesso)


- margarinas, óleos e outras gorduras:4 L/kg (pagam 2.1chf por cada Kg em excesso)


- sumos de fruta: maçã, pêra, uva: 3L (pagam 0.90chf por cada L em excesso)